sexta-feira, 21 de março de 2014

Vivendo e aprendendo! - Por Lucia Maria Paleari
Cadeira Giratória – Eletrostática – Astronomia
Museu Afro Brasil

Clube de Ciências
DIÁRIO DE BORDO
Viagem a São Paulo


Vivendo e aprendendo!

Por Lucia Maria Paleari
lpaleari@ibb.unesp.br



Depois da viagem de Botucatu a São Paulo, depois de nos encantarmos com o Cochichador e com o Lego, depois da Sala de Ilusões, as surpresas no Catavento continuaram:


Cadeira Giratória 

Na Cadeira Giratória, uma experiência estonteante. Depois de ser colocada para girar, a cadeira pode ter seu movimento regulado: se o seu ocupante estiver com os braços abertos seu corpo terá menor aceleração e seus giros serão mais lentos. Se o ocupante da cadeira estiver com os braços junto ao corpo, sua aceleração será maior e seus giros mais rápidos.

Aqui, veja uma experiência bem interessante sobre o que acabamos de falar, que pode ser realizada em casa. Não deixe de ler as explicações detalhadas sobre ela.

E agora, veja, abaixo, os clubistas descobrindo as propriedades da cadeira giratória:

Com os braços abertos, menor aceleração: primeira imagem acima.
Com os braços junto ao corpo, maior aceleração: segunda imagem acima 

Esse mesmo princípio é que faz com que os bailarinos e patinadores consigam executar em suas apresentações, repletas de surpresas - e de um equilíbrio fantástico -, giros extraordinários, que nos deixam perplexos, embasbacados.






Eletrostática 

No vídeo a seguir, o professor Aníbal Fonseca nos explica o funcionamento de alguns dos aparelhos que podemos encontrar no Catavento.




Quando interagiram na Fábrica de Raios com a Máquina de Wimshurst, sem estarem submetidos a qualquer tipo de risco, os clubistas se assustaram com o choque bem fraco que receberam, proveniente de uma corrente elétrica ínfima. Veja as imagens:


À esquerda,  a  preparação de uma roda com os clubistas de mãos dadas.
À direita, a reação deles após terem recebido o choque.


Astronomia : O Espaço Celeste  

Contando um pouco sobre a chegada do Homem à lua  e recheando a conversa com muitas perguntas, o monitor tratou das condições existentes no espaço: (luz, calor, gravidade etc.) e em razão delas, os cuidados necessários para uma viagem espacial.

Depois das viagens espaciais, passamos a ouvir falar sobre os asteroidesmeteoroides, meteorosmeteoritosestrelas, Via Láctea, planetasgaláxias, e muito mais.


Na primeira imagem, clubistas e monitor ao redor da representação da Via Láctea 
em cuja periferia está localizado o Sistema Solar. A seta indica a Terra. 
Na segunda imagem, a representação do Sol.




As curvaturas do Espaço


O monitor pediu emprestada a jaqueta de um clubista que, depois de estendida, passou a representar o Espaço e o que acontece com todos os corpos celestes quando lançados nele.


Sobre o blusão, que representava o Espaço, foi lançada uma bola azul que, por sua vez, representava um corpo celeste qualquer (ex. um planeta). A bola azul, ao tocar o blusão, fez com que ele ficasse curvo, à semelhança do que acontece no Espaço.


Como o Sol é bem maior do que a Terra, ele encurva mais o Espaço nas suas proximidades, onde os planetas do Sistema Solar giram em órbita ao seu redor. Essa explicação também foi bastante simplificada, mas serviu para despertar os clubistas para algo que não é intuitivo, e sobre o qual raramente se ouve falar, devido sua complexidade.

Se você quiser saber com detalhes como a teoria abordada acima funciona, veja o documentário  Teoria da Relatividade - O Espaço.

Museu Afro Brasil 

Quando a nossa visita ao Catavento terminou, seguimos para o Parque do Ibirapuera, para uma visita ao Museu Afro Brasil.

Clubistas no Parque do Ibirapuera, onde está localizado o Museu Afro Brasil

Infelizmente, no Museu Afro Brasil não fomos autorizados a gravar imagens das instalações e a visita foi realizada sem monitoria, porque não havia lugar na agenda para aquele mesmo dia em que visitamos o Catavento. O acervo do Museu é muito vasto e retrata, principalmente, parte da cultura negra . Quem sabe um dia possamos voltar a São Paulo para uma visita ao referido Museu Afro Brasil, aí, sim, com monitoria. 

Depois de terminarmos a visita ao Museu, lanchamos no Parque do Ibirapuera e, em seguida, saímos rumo a Botucatu, torcendo para encontrar a cidade de São Paulo e a rodovia Castelo Branco livres de congestionamentos, o que por sorte aconteceu. 

Nossa viagem de volta não teve qualquer tipo de intercorrência mas também não comportou espaço para uma reconfortante soneca, depois de um dia de tanta ação. 

Abaixo, no Google Earth, você pode ver o trajeto da nossa viagem de volta:


quinta-feira, 6 de março de 2014

Se não me seguro, eu caio! – Por Lucia Maria Paleari
Equilíbrio – Gravidade - Plano Inclinado

Clube de Ciências
DIÁRIO DE BORDO
Viagem a São Paulo



Se não me seguro, eu caio!


                                                                             Por Lucia Maria Paleari
                                                                                 lpaleari@ibb.unesp.br
  
Sala das ilusões

No Catavento, localizado na cidade de São Paulo, a nossa aventura que havia começado bem cedinho em Botucatu (para saber mais sobre essa aventura clique aqui e aqui ), continuou: aprendíamos enquanto brincávamos. E chegamos à Sala das Ilusões. Êta lugarzinho difícil de ficar em pé! Só mesmo nos apoiando na parede, para cansarmos menos e não cairmos.

Monitor conversando conosco sobre gravidade e sobre o que nos faz ter equilíbrio

O que aconteceu naquela sala foi que nos desequilibramos, porque o seu assoalho era inclinado, e o nosso corpo precisou fazer ajustes rápidos de toda musculatura.

Ajustados que somos para caminhar em chão plano, nossos músculos, naquele momento, precisaram ser contraídos e distendidos de uma maneira diferente da habitual, para que conseguíssemos nos manter em equilíbrio. Embora sem nos darmos conta das alterações musculares que acontecem conosco a cada momento, a não ser em certas situações especiais que resultam em dor, é por meio das constantes distensões e contrações adequadas dos nossos músculos, que o nosso corpo se mantém em equilíbrio.

Movimentos tais como caminhar, mexer a cabeça, chutar uma bola etc., perturbam o equilíbrio do corpo. Para que essas perturbações não nos façam cair, um sistema existente nos nossos ouvidos, o labirinto, assim que percebe as mudanças, envia informações ao cérebro que, de imediato, age sobre a musculatura, ajustando a nossa postura para nos manter em equilíbrio. Claro que essa é uma maneira muito simplificada e resumida de contar o que os cientistas levaram muito tempo para entender e explicar. Caso você se interesse por mais detalhes, deverá buscar por bons livros de biologia; pode também pedir ajuda a um professor dessa matéria (veja algumas sugestões*).

Gravidade e Plano Inclinado

A gravidade, essa força que faz com que todos os corpos atraiam uns aos outros, nos mantêm firmes sobre o nosso planeta. Como a Terra é muito, mas muuuuuuuuuuuuito maior do que nós, ela tem muito mais matéria (massa). Tendo mais matéria (massa), a Terra também tem mais força para nos atrair, do que nós a ela. É por isso que tudo o que é solto acaba indo para baixo, para o solo, cai.

Mas, se quiséssemos fazer um objeto qualquer que caiu voltar para o alto, voltar para o lugar de origem, teríamos de fazer força, uma força suficiente para ultrapassar a força da gravidade. Se o objeto que caiu tem muita massa, maior será seu peso com relação a um objeto que tem menos massa, portanto, maior a força para erguê-lo, comparada à força para erguer o objeto que possui menos massa.

Uma maneira de reduzir, de vencer o efeito dessa força a qual todos estamos submetidos é usando um plano inclinado, que é uma máquina simples.Uma rampa, dessas que estamos acostumados encontrar no nosso cotidiano, é um plano inclinado. Como também é um plano inclinado a rampa em espiral que encontramos nos parafusos. Veja a figura abaixo:

 Rampa em espiral

Quanto menor for o ângulo entre o plano inclinado e a superfície do solo, mais fácil será subir por ele. Se quisermos alcançar o pico de uma montanha, ficará mais fácil se o trajeto de subida for feito por meio de uma rampa, embora a caminhada fique mais longa e, assim, demorada. (Clique aqui e veja a figura de uma estrada que sobe pela montanha ).

O nosso monitor no Catavento, não foi muito além em suas explicações sobre gravidade e plano inclinado, porque o tempo era pouco e havia ainda outro assunto bem interessante, As curvaturas do Espaço, que veremos num próximo post.


*Leituras complementares para professores e estudantes de graduação:
- Bases neurofisiológicas do equilíbrio corporal - UNICAMP
  Antonia Dalla Pria Bankoff
 Rafael Bekedorf
- SENTIDO DA AUDIÇÃO E DO EQUILÍBRIO - UNESP
 Silvia M. Nishida
- Cem bilhões de neurônios
  Roberto Lent

Leia também:
- Enfim, o Catavento! – Por Lucia Maria Paleari