quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Enfim, o Catavento! - Por Lucia Maria Paleari
Áudio (Cochichador) e o Lego

Clube de Ciências
DIÁRIO DE BORDO 
Viagem a São Paulo


Enfim, o Catavento! 

                                                                                               Por Lucia Maria Paleari    
                                                                                            lpaleari@ibb.unesp.br 



Palácio das Indústrias que hoje abriga o Catavento Cultural
Fonte da foto: Wikepedia 

Como disse no post anterior, nos reunimos em frente à Escola Municipal “Dr. João Maria de Araújo Jr.", e saímos de Botucatu às 6h30min, antes do sol nascer. Percorremos os cerca de 245 km que nos separava da cidade de São Paulo num ambiente muito agradável, sem qualquer intercorrência, atentos à paisagem que se descortinava diante dos nossos olhos. E aprendemos muito com ela. Felizmente, chegamos antes do horário marcado para o nosso compromisso.
Nos arredores do Catavento, ainda dentro do ônibus, rodamos um pouco para conseguir encontrar o estacionamento, de onde seguimos a pé até o portão de entrada.

Fita de identificação que recebemos ainda no pátio do Catavento

Assim que chegamos ao pátio, recebemos uma fita de identificação e logo em seguida nos deparamos com o Áudio, também conhecido por Cochichador. Trata-se de um brinquedo composto por dois espelhos sonoros parabólicos que são colocados a certa distância um do outro. Veja a figura abaixo:

Cochichador (Áudio), com seus dois espelhos sonoros parabólicos e representação das ondas sonoras paralelas (linhas pretas com seta) que, neste caso, vão da esquerda para a direita.  

No Cochichador (Áudio), se uma pessoa sussurrar uma mensagem defronte ao foco do espelho sonoro da esquerda, por exemplo, os sons emitidos nesse local vão como ondas esféricas (semelhantes às que se formam quando uma pedra cai na água) até a parede côncava desse mesmo espelho. Em seguida, essas ondas são refletidas e seguem paralelas (veja a figura do cochichador, acima), até atingir a parede côncava do outro espelho que está à direita, de onde são refletidas como ondas esféricas, concentrando-se no foco do mesmo espelho. Nesse local, a mensagem transmitida como um sussurro fica mais forte, mais intensa. Qualquer pessoa posicionada próxima deste foco poderá escutá-la com toda clareza.
Nas duas fotos que compõem a figura abaixo, alguns dos clubistas estavam testando tudo o que acabamos de narrar, e se encantando com os resultados.





Muitos desafios com o LEGO

Ainda curtíamos o Cochichador (Áudio) e observávamos, através da vidraça, a movimentação de muitos outros visitantes que se divertiam euforicamente dentro do prédio, quando um monitor veio nos chamar para nos levar ao subsolo.
Enquanto caminhávamos para lá, pudemos apreciar a beleza e a solidez das estruturas internas do Palácio das Indústrias*, construído nas primeiras décadas do século XX, pelo Escritório Ramos de Azevedo. Ao longo do tempo, o prédio já teve várias funções. Entre elas, já foi Palácio de Exposições, sede da prefeitura da cidade de São Paulo, e agora abriga o Catavento Cultural.

A monitora do Catavento nos conta a história do prédio

Após ouvirmos o histórico da construção do prédio, passamos para a sala do Lego. Esse brinquedo, à base de peças com encaixes, é um excelente entretenimento, que estimula o raciocínio e a criatividade. Com ele é possível construir prédios, máquinas que funcionam, bonecos etc.
Assim que os clubistas se acomodaram nas cadeiras, ao redor de pequenas mesas, os desafios começaram.
Com uma caixa de peças entregue a cada grupo, a monitora desafiou seus respectivos integrantes a construir, durante o tempo de execução de uma música (aproximadamente 4 minutos), um ventilador que funcionasse.
Ultrapassada essa etapa, veio o 2º desafio: fazer o ventilador ficar duas vezes mais rápido, sem colocar novas peças, apenas mexendo na liga e nas polias que faziam parte dele. O princípio é o mesmo das marchas de bicicleta. Por fim, o 3º desafio: fazer a hélice do ventilador, rodar no sentido inverso, isto é, rodar no sentido anti-horário. O pessoal quebrou a cabeça e mais este desafio foi vencido dentro do tempo estipulado.

Sala do Lego, com os clubistas trabalhando para vencer os desafios propostos

Nada como por a cabeça para pensar.
Bons desafios são sempre muito estimulantes.
Com eles aprendemos a raciocinar, trabalhar com agilidade e em grupo.
Todos nós nos divertimos muito!!!!!
No próximo post continuarei contando as nossas aventuras no Catavento.


Veja:
Outras imagens do Palácio das Indústrias

 Leia também:
- Clube de Ciências Escola Municipal "Dr. João Maria de Araújo Jr." - Botucatu 
- Um ponto de partida – Por Lucia Maria Paleari