DIÁRIO DE BORDO
Viagem a São Paulo
Um ponto de partida
Por Lucia Maria Paleari
lpaleari@ibb.unesp.br
Depois do convite para integrar o Clube de Ciências, 23 alunos da escola municipal "Dr. João Maria de Araújo Jr.", de Botucatu, toparam e, logo de cara, fomos ao Catavento, na cidade de São Paulo. Um local dinâmico, repleto de desafios científicos capazes de deixar qualquer um de “cabelo em pé”. Para garantir que chegaríamos a tempo de não perder nossa reserva para participar, antes da viagem entramos no Google Maps e descobrimos o melhor caminho a fazer. Cada um de nós ficou com um mapa do Estado de São Paulo contendo o traçado do trajeto, para registrarmos, durante a viagem, o que de mais interessante havia em cada trecho.
Hora de embarcar
Saímos de Botucatu
bem cedinho, às 6h30min, quando o sol ainda não tinha dado o ar da graça. A cidade
estava com as luzes dos postes acesas e as ruas desertas.
Viajantes
reunidos defronte à escola “Dr. João Maria”
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E é claro que não
nos esquecemos do lanche, do suco e da água mineral. Afinal, como diziam as
mães: "Saco vazio não para em pé". Na bagagem havia também a
expectativa de viver um dia diferente e, certamente, com muita energia para
gastar.
Saímos de Botucatu
pela rodovia Marechal Rondon, também conhecida por Castelinho, seguimos pela
Rodovia Castelo Branco, até chegar em São Paulo, depois de termos percorrido,
aproximadamente, 245 km. Durante o percurso, por inúmeras vezes, consultamos o
nosso mapa, para nos localizarmos e registrar, de dentro do ônibus mesmo, o que
havia de característico em cada trecho da estrada.
Clubistas consultando
o mapa e conferindo, pela janelinha do ônibus, as placas indicativas dos locais
e as características da paisagem
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Verificamos que pouco sobrou do Cerrado*, paisagem característica da maior parte do trajeto. Nem mesmo as matas de galeria permaneceram às margens dos riachos. Mais ou menos da metade do caminho para frente, havia plantações de dois tipos de árvores que foram introduzidas no Brasil: o pinus e o eucalipto, ambas usadas para fazer papel e também móveis. Na região da cidade de Sorocaba vimos muitas indústrias, e pudemos sentir o cheiro forte de ar poluído, próprio de cidades industrializadas. Sem o uso e adequação de filtros, ou adoção de processos industriais que poluam menos, industrias seguem causando graves danos ambientais, como aqueles provocados pela chuva ácida, poluição do solo e da água, assim como graves problemas de saúde aos humanos, principalmente por causa de poluição do ar.
No próximo post, já em São Paulo, a nossa aventura continua!
Veja também: *Cerrado