quinta-feira, 6 de março de 2014

Se não me seguro, eu caio! – Por Lucia Maria Paleari
Equilíbrio – Gravidade - Plano Inclinado

Clube de Ciências
DIÁRIO DE BORDO
Viagem a São Paulo



Se não me seguro, eu caio!


                                                                             Por Lucia Maria Paleari
                                                                                 lpaleari@ibb.unesp.br
  
Sala das ilusões

No Catavento, localizado na cidade de São Paulo, a nossa aventura que havia começado bem cedinho em Botucatu (para saber mais sobre essa aventura clique aqui e aqui ), continuou: aprendíamos enquanto brincávamos. E chegamos à Sala das Ilusões. Êta lugarzinho difícil de ficar em pé! Só mesmo nos apoiando na parede, para cansarmos menos e não cairmos.

Monitor conversando conosco sobre gravidade e sobre o que nos faz ter equilíbrio

O que aconteceu naquela sala foi que nos desequilibramos, porque o seu assoalho era inclinado, e o nosso corpo precisou fazer ajustes rápidos de toda musculatura.

Ajustados que somos para caminhar em chão plano, nossos músculos, naquele momento, precisaram ser contraídos e distendidos de uma maneira diferente da habitual, para que conseguíssemos nos manter em equilíbrio. Embora sem nos darmos conta das alterações musculares que acontecem conosco a cada momento, a não ser em certas situações especiais que resultam em dor, é por meio das constantes distensões e contrações adequadas dos nossos músculos, que o nosso corpo se mantém em equilíbrio.

Movimentos tais como caminhar, mexer a cabeça, chutar uma bola etc., perturbam o equilíbrio do corpo. Para que essas perturbações não nos façam cair, um sistema existente nos nossos ouvidos, o labirinto, assim que percebe as mudanças, envia informações ao cérebro que, de imediato, age sobre a musculatura, ajustando a nossa postura para nos manter em equilíbrio. Claro que essa é uma maneira muito simplificada e resumida de contar o que os cientistas levaram muito tempo para entender e explicar. Caso você se interesse por mais detalhes, deverá buscar por bons livros de biologia; pode também pedir ajuda a um professor dessa matéria (veja algumas sugestões*).

Gravidade e Plano Inclinado

A gravidade, essa força que faz com que todos os corpos atraiam uns aos outros, nos mantêm firmes sobre o nosso planeta. Como a Terra é muito, mas muuuuuuuuuuuuito maior do que nós, ela tem muito mais matéria (massa). Tendo mais matéria (massa), a Terra também tem mais força para nos atrair, do que nós a ela. É por isso que tudo o que é solto acaba indo para baixo, para o solo, cai.

Mas, se quiséssemos fazer um objeto qualquer que caiu voltar para o alto, voltar para o lugar de origem, teríamos de fazer força, uma força suficiente para ultrapassar a força da gravidade. Se o objeto que caiu tem muita massa, maior será seu peso com relação a um objeto que tem menos massa, portanto, maior a força para erguê-lo, comparada à força para erguer o objeto que possui menos massa.

Uma maneira de reduzir, de vencer o efeito dessa força a qual todos estamos submetidos é usando um plano inclinado, que é uma máquina simples.Uma rampa, dessas que estamos acostumados encontrar no nosso cotidiano, é um plano inclinado. Como também é um plano inclinado a rampa em espiral que encontramos nos parafusos. Veja a figura abaixo:

 Rampa em espiral

Quanto menor for o ângulo entre o plano inclinado e a superfície do solo, mais fácil será subir por ele. Se quisermos alcançar o pico de uma montanha, ficará mais fácil se o trajeto de subida for feito por meio de uma rampa, embora a caminhada fique mais longa e, assim, demorada. (Clique aqui e veja a figura de uma estrada que sobe pela montanha ).

O nosso monitor no Catavento, não foi muito além em suas explicações sobre gravidade e plano inclinado, porque o tempo era pouco e havia ainda outro assunto bem interessante, As curvaturas do Espaço, que veremos num próximo post.


*Leituras complementares para professores e estudantes de graduação:
- Bases neurofisiológicas do equilíbrio corporal - UNICAMP
  Antonia Dalla Pria Bankoff
 Rafael Bekedorf
- SENTIDO DA AUDIÇÃO E DO EQUILÍBRIO - UNESP
 Silvia M. Nishida
- Cem bilhões de neurônios
  Roberto Lent

Leia também:
- Enfim, o Catavento! – Por Lucia Maria Paleari